segunda-feira, 28 de março de 2011

A chegada da Mudança no Brasil

A nossa mudança chegou ao Brasil no dia 08/11/2010, aproximadamente um mês de pois que a embarcaram, e um mês e alguns dias depois que a mesma foi recolhida de nosso apartamento no México.

Apesar de a mesma ter chagado ao Brasil quando eu indiquei, ela só foi liberada no dia02/02/2011, quase três meses depois de haver chegado, tudo por falta de disposição da Receita Federal e da Receita Estadual em processar a mesma e liberá-la do pagamento de impostos federais e estaduais.

Só de gastos de armazenagem e demourrage do container foi pago aproximadamente R$ 10 mil.

Apesar de a mesma haver chegado em Fevereiro, só pudemos recebê-la agora há três dias, principalmente por problemas de agenda.

Agora preparem-se para o pior. Como fazemos para as coisas que antes cabiam esparsamente num apartamento de 300m2 caibam num apartamento de 100 m2? Esta é a pergunta que deveríamos ter feito quando chegamos ao México e quando começamos a comprar todas aquelas coisas lindas e baratas. Chegando aqui tivemos que dar aproximadamente 1/3 das nossas coisas, um porque não cabiam e dois porque aqui já tínhamos um apartamento semi-mobiliado.

O conselho que eu deixo é: antes de comprar as coisas no México, pense que você um dia vai voltar para o Brasil, e não necessariamente para um apartamento tão grande quanto o de lá.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

A volta ao Brasil já começa na chegada ao México

Atenção aos navegantes. Nunca confie na informação que a empresa de mudança mexicana dá a respeito dos domumentos necessários para a volta ao Brasil.

Eles não dizem mas é necessário tomar nota de todos os números de série dos eletrônicos para relacioná-los à Receita Federal na volta.

Guardem sempre os últimos 13 extratos bancários, ou as últimas 13 contas de luz porque os mesmos vão servir para comprovar a sua estadia no estrangeiro por mais de 12 meses como reza a lei que isenta de impostos de importação aos que voltam ao Brasil depois deste período.

domingo, 26 de setembro de 2010

A mudança de volta ao Brasil

Aqui vai uma dica fresquíssima, daquelas que realmente aprendemos na própria pele.

Quando já souberem quando vão fazer a mudança, reservem um apart hotel para entrarem no mesmo dia do início da mudança, e deixem no mínimo uns dois ou três dias a mais do processo da mudança para marcarem o dia da volta ao Brasil, e se o vôo for pela noite e vocês tiverem filhos pequenos, reservem o hotel até o dia seguinte ao dia da viagem, por mais que só fiquem umas 6 horas da última diária. Mudar-se para o apart hotel parece um exagero mas quando vemos a poeira que se gera na mudança, as alergias e o stress das crianças, o melhor é se pré-aclimatar e não vivenciar o trauma da mudança.

O lance é o seguinte: Nós reservamos o hotel apenas para o último dia de mudança. Acontece que a mudança andou mais rápido do que esperávamos, e eu por sorte consegui entrar um dia antes. Mas acabei me esquecendo de reservá-lo até um dia depois do dia da viagem. Resultado: viajamos às 23:30 e teremos que sair do hotel às 14 h. O que fazer para entreter uma criança de 3 anos por 9 horas num aeroporto desconfortável? Por sorte eu consegui fazer uma reserva num hotel dentro do aeroporto, mas mesmo assim, num terminal diferente ao que vamos utilizar.

Dicas de Apart Hoteis:

City Suites (http://www.citysuites.com.mx)
Calle Leibnitz 120 - esq com Darwin
+52-55-1101-1370

Newton Suites
Calle Newton
+52-55-5282-3531

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

O trânsito na Cidade do México

O único legislador cuja lei pegou aqui no México foi Sir Isaac Newton. Aqui as únicas leis que são efetivamente aplicadas são a Lei da Gravidade e a Lei do Cão.

Tendo dito isso, recomendo a você que vem viver no México, que antes de vir tome algumas transfusões de Sangue de Barata, porque este lhe vai ser bem útil para suportar as imbecilidades que esta gente faz no trânsito.

Primeiro Aspecto:

Aqui no México não existe exame de habilitação. Qualquer pessoa que queira conduzir um automóvel precisa apenas dar entrada num processo, pagar uma taxa e obter uma carteira de motorista, que até alguns dias atrás tinha Vigência Permanente (hoje parece que há as de 3 e as 5 anos, dependendo de quanto a pessoa queira pagar).

Segundo Aspecto:

Derivado do Primeiro Aspecto, aqui a maioria das pessoas DESCONHECE as leis do trânsito. Isso significa que ninguém sabe de quem é a preferência numa rotatória (mesmo quando está claramente sinalizado), e ninguém sabe a regra da preferência do que vem à direita quando um cruzamento não está sinalizado. E ninguém respeita nenhuma sinalização, desde um Pare (que aqui se escreve Alto) num cruzamento onde há uma preferencial, até um proibido estacionar, um proibido fazer retorno, um proibido tomar ou deixar passageiros. E estamos falando dos proibidos que possuem uma placa deixando claro o que é proibido, então falar dos proibidos menos óbvios como não estacionar em fila dupla (ou tripla), respeitar a faixa de pedestres e não andar na contra-mão, destes nem falar.

Terceiro Aspecto: A regra do um, dois e três

Derivado do Segundo Aspecto, aqui as pessoas só respeitam o semáforo quando há risco iminente de colisão (e às vezes nem assim). É profundamente normal que as pessoas usem a luz vermelha como se fosse a luz amarela. Por isso a regra do um, dois e três. NUNCA avance o sinal verde antes de dar passagem a pelo menos três carros da via perpendicular, salvo se estiver seguro de que TODOS já pararam no semáforo vermelho. Aqui é profundamente comum que pelo menos três carros avancem o semáforo vermelho. Obedecer esta regra, que parece um completo absurdo, é uma atitude prudente que lhe vai evitar muitos momentos desagradáveis.

Quarto Aspecto:

Sempre mantenha uma distância segura do carro da frente. Quando digo segura, mais segura do que a que você mantinha no Brasil. Os mexicanos são verdadeiros loucos, inconsequentes e impulsivos ao volante. Aqui ninguém (para não dizer ninguém, possivelmente uns 10%) sinaliza ao mudar a trajetória de seu veículo, seja para parar, seja para girar à esquerda ou à direita, seja para mudar de faixa no trânsito. E não o fazem por várias razões:

1- Não lhes importa;
2- Nem sabem para que serve a sinaleira;
3- Não sabem o que é ser cortês com os demais;
4- Numa mudança de faixa os carros que vem mais atrás tratam de dificultar a manobra quando a mesma é sinalizada.

Aparentemente aqui no México as pessoas que sinalizam os seus movimentos são considerados uns otários ou uns ousados: "Como é que você ousa arrancar de mim a gentileza de entrar na minha frente?"

Aqui as pessoas mudam de faixa, giram para o lado que for, é muito comum alguém estar na extrema direita e querer girar para a esquerda (e vice-versa), ou simplesmente param, sem dar NENHUM aviso. Quase todas as minhas colisões foram nestas circunstâncias.

Quinto Aspecto:

Aqui só há lei para os idiotas que as cumprem e via de regra, para os estrangeiros. É obrigatório o uso do capacete mas a polícia não usa. É obrigatório o uso do cinto de segurança mas a polícia não usa. É proibido andar na contra mão mas a polícia anda na contra-mão, mesmo quando não estão com a sirene ligada.

Sexto Aspecto:

Para não dizer que tudo aqui é estúpido, há pelo menos uma coisa inteligente: nos cruzamentos com semáforo, via de regra a direita é livre se não vier carro na via perpendicular. Isso às vezes agiliza o trânsito. Mas para compensar aqui no México, ao contrário do Brasil, tudo é permitido salvo quando indicado. Isso quer dizer que se pode girar à esquerda em qualquer cruzamento com semáforo (salvo se estiver indicado - mas ai caímos no Primeiro Aspecto: ninguém obedece nada) e se pode fazer retorno em qualquer cruzamento.

Sétimo Aspecto:

Aparentemente tudo se resolve com um suborno. O suborno faz parte da cultura do México. Aqui suborna-se com culpa ou sem culpa. Aqui os policiais se vendem por qualquer quantia, bem diferente do que se vê no Brasil. Outro dia viajando com um distribuidor, que conduzia seu carro a 160 km/h, eu lhe perguntei quanto custava uma multa por excesso de velocidade aqui no México. Ele me respondeu que não sabia. Então eu lhe perguntei se ele nunca havia sido parado, e ele disse que sim, mas que ele SEMPRE comprou os policiais rodoviários. O valor do suborno: 200 pesos, algo como R$ 30.

Aqui também se multa por achismo. Me explico: em Monterrey e cercanias, os policiais até algum tempo atrás nos paravam por excesso de velocidade sem possuir um radar. Nos paravam porque achavam que estávamos com excesso de velocidade. Obviamente que isso não vale como prova, trata-se apenas de mais um achaque. Este é um caso clássico do suborno sem culpa.

Oitavo Aspecto:

Ao contrário do Brasil onde a maioria das multas são geradas de forma eletrônica, sem a interação entre o agente de trânsito e o infrator, aqui no México todas (ou quase todas) as multas são presenciais. É necessário que o agente de trânsito intercepte o infrator e lavre a multa. E um pequeno detalhe: se o infrator é de fora do estado, o policial retém a sua carteira de motorista até o momento em que a multa seja paga. É ÓBVIO que tamanho inconveniente, somado à interação policial/infrator gera enormes oportunidades de negociação e suborno. Aqui as multas são tão baratas que às vezes dá vontade de pagar o valor da multa ao policial e acabar com a discussão. Na Cidade do México pouco-a-pouco vão instalando sistemas de multagem eletrônicos como no Brasil e mais e mais agentes de trânsito possuem PDA's para infracionar e terminais de cartão de crédito para cobrar a multa no ato. Quem sabe um dia eles chegam lá.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

E a Revista Veja?

Quando cheguei no México herdei uma assinatura da Revista Veja do meu antecessor que também era brasileiro. Era bom sempre chegar no escritório às segundas-feiras encontrar um novo exemplar da Revista Veja, de DUAS semanas atrás. Exatamente, a Revista chegava com uma semana de atraso, o que para mim já não servia para nada.

Quando acabou a assinatura, obviamente não a renovei, e depois de um tempo fiz outra assinatura, agora da Veja Digital, que me chegava todos os sábados via o Portal Zinio, um portal de assinaturas digitais, que eu baixava para o lap top e podia ler off line. A coisa vinha bem até que a Veja começou a atrasar o envio para a Zinio, e de um momento para outro trocou o bom serviço da Zinio por um péssimo serviço próprio de publicação digital, UMA PORCARIA. Tanto é uma porcaria que depois que eles mudaram, nós quase já não lemos a revista. Só não cancelei a assinatura porque se tratava de um cartão mexicano corporativo e o atendimento PÉSSIMO das pessoas da área de assinaturas digitais me desanimava a tentar.

Hoje, se eu viesse novamente para o México (ou qualquer outro país), eu racharia uma assinatura de papel com alguém no Brasil, e o acerto seria que a pessoa no Brasil usasse a assinatura de papel e eu com o número de assinante lesse a revista no próprio site, que é muito melhor que a edição digital.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

E o Cartão de Crédito? Qual Banco?

Muitos bancos aqui do México se negam a dar crédito para estrangeiros caso os mesmos não detenham pelo menos FM-2 (o equivalente a um visto permanente). Acontece que quando vim viver no México eu não sabia disso, e possuidor de um Cartão American Express Brasileiro, entrei em contato antes de vir para saber se era possível que o meu histórico creditício brasileiro fosse tomado em conta e respeitado no México. A pessoa que me atendeu disse que sim, que perfeitamente, que não havia nenhum problema. Tudo mentira.

Ao chegar no México entrei em contato com a American Express e eles cagaram solenemente para mim. E depois, o fato de a American Express do Brasil ter sido vendida para o Bradesco, este portento de serviço ao cliente, tampouco ajudou muito. Resultado: A American Express perdeu um cliente no Brasil e não ganhou um cliente no México.

O banco que eu utilizo aqui no México é o Banamex, por razão de conveniência (ao lado do meu escritório há uma agência) e por crer que por pertencer ao Citigroup o mesmo teria um serviço do mesmo nível que eu tenho do Citibank no Brasil e nos EUA. Lêdo engano. O Banamex é um cruzamento entre o que há de pior no Brasil: Bradesco e Banco do Brasil. Nos trata como excremento e nunca, repito, nunca me deu crédito. Os quatro anos que eu estou vivendo no México sempre me virei com o meu cartão de débito.

Depois de algum tempo o BBVA Bancomer, o banco que possui o melhor e maior relacionamento com a minha empresa me ofereceu um cartão de crédito, mas a anuidade era tão alta e a burocracia tão grande que eu pensei em ficar como estava mesmo.

Se eu estivesse chegando hoje ao México, eu não voltaria a abrir uma conta no Banamex. Possivelmente optasse pelo BBVA Bancomer, o HSBC ou Scotiabank.

Contatos Bancários

Em um post anterior eu falava da necessidade da abertura de uma conta em dólares nos EUA para o envio da poupança, e assim não ficar refém das enormes comissões que os bancos do México cobram para o envio de dólares ao Brasil, assim como se livrar da necessidade de fazer dois câmbios, Peso para Dólar e depois Dólar para Real, o que é tremendamente desfavorável porque às vezes está bom para comprar dólares no México e ruim para vendê-los no Brasil.

Uma outra vantagem de possuir uma conta em dólares nos EUA é a possibilidade do uso dos serviços da Pay Pal para o envio de divisas diretamente para a sua conta no Brasil, sem a necessidade de um intermediário com uma procuração para recebê-los, e sem a necessidade de realizar-se um contrato de câmbio.

A corretora que eu uso para a compra de dólares eletrônicos (aqueles que vão direto para a sua conta nos EUA) é a Monex:

Juan Bernardo Engelbrecht Tirado
Tel.: +52-55-5231-0350

E para a abertura de contas dos EUA, sem ter que sair do México, eu recomendo o BBVA Compass:

Irasema S Vetters
BBVA Compass
International Wealth Management
Tel. 001-866-380-9875 (Lada sin costo desde Mexico)
Ext. 7409
Tel +1(210)244-7409 (Directo)
Cel +1(210)542-0662
Fax. +1(210)979-8471

Se você quiser trabalhar com qualquer outro banco, forçosamente terá que ir aos EUA (a qualquer grande cidade) e abrir uma conta como não residente. Eles requerem dois comprovantes de residência no estrangeiro e um comprovante de estância legal nos EUA. Eu pessoalmente recomendo o Citibank, que sempre me atendeu muito bem, tanto pessoalmente como por telefone.